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terça-feira, janeiro 03, 2006

Virtualidades



"Virtualidades", talvez seja esta a palavra que melhor define o ano que passou... Que estranho, que doloroso e ao mesmo tempo que educativo!

Porquê virtual? Porque na verdade e olhando para trás, ele é semelhante a esta imagem, turva e distorcida. Aconteceu e parece que não foi real, vejo-o como se tivesse sido apenas espectador de uma outra dimensão...

Poderia enumerar um conjunto de situações estranhas, irreais e até ridiculas por que passei ou falar de insanidade, de desequilíbrios e de comportamentos demonstrativos de carácteres duvidosos, mas o mais interessante foi que no final tudo fez sentido e contribuiu para um maior autoconhecimento e para me preparar para aquilo que realmente interessa... o amanhã!

Começou e terminou com o Mar como pano de fundo... poderia nunca ter acontecido, mas aconteceu. Deixou-nos algumas imagens virtuais, que o próprio tempo apagará da memória e presenteou-nos com algumas presenças agradáveis e fortes amizades.

Força para 2006!!!

sexta-feira, outubro 14, 2005

Reflexos Musicais...



Conseguem sentir a música destes violinos? Imagino-me a voar e sonhar através das notas que se hão-de soltar destas cordas!!! Duas das minhas realidades mais queridas, a cidade e a música... fica a faltar apenas ... a pastelaria :-)

... e todos vocês!!!

De Paris...

quinta-feira, outubro 13, 2005

...a Dakar



Conforme prometido cá estou a dissertar sobre essas duas cidades, extremidades de tão conhecida viagem...

Na verdade, parece-me que o percurso deveria ser o oposto... mas talvez seja este o mais realista e aquele que nos ensina mais sobre a vida e as suas desigualdades e injustiças. Certamente que a prova automobilística nada tem a ver com as sensações que me levaram a reflectir e escrever sobre este tema, é apenas uma competição em que ganha aquele que primeiro chegar à meta, bem perto do "plateau"...

É incrível aquilo que as cidades e os seus espaços nos transmitem, por isso gosto de falar através delas. Paris é uma surpresa a cada esquina, a cidade do romance, do amor, aquela onde todos os sonhos parecem ser reais e onde nos permitimos imaginar a atingir a felicidade... Na "Cidade Luz" mesmo com a chuva que teima em caír sente-se a vida e o glamour; o pavimento preto das ruas com a água torna-se espelhado, reflectindo as copas das árvores e os "passeantes"... as lojas, os monumentos e as pessoas... um conjunto de estrelas cintilantes.

Em Dakar, nas ruas temos terra/poeira, no chão muito lixo, os passeios e as estradas em mau estado confundem-se como pavimentos esburacados, que apenas se distinguem por estar a cotas diferentes. Os edifícios estão maioritariamente degradados e as antigas vivendas coloniais que brilhavam no centro da cidade, foram demolidas e substituídas por edifícios de habitação de fraca qualidade... Passear é praticamente uma aventura tão cansativa como o próprio Paris/Dakar, dado que a cada esquina existem vendedores de tudo o que possamos imaginar.

No entanto, a cidade é detentora de algumas belezas e transmite-nos sensações contraditórias. Se por tudo o que disse poderiamos deduzir que era feia e perigosa, não é verdade... Nela encontramos alguns belos monumentos e paisagens deslumbrantes; e se um viajante bem ocidental (como eu) se conseguir integrar no espírito "Senegalês" vai descobrir pessoas muito hospitaleiras e prestáveis...

Parece-me que tal como referi no início, mais do que ser melhor ou pior... toda esta realidade se prende com desigualdades de vários níveis, desde o cultural ao económico e ao social... A verdade é que é mais fácil sermos atingidos pela tristeza e pela melancolia em Dakar do que em Paris... e é sempre mais fácil quando algo termina em alegria e festa!!!

terça-feira, outubro 04, 2005

Leituras de Final de Verão...

Cá estou eu em mais uma das minhas divagações... Não sei se se ficará a dever ao contraste entre a beleza da natureza em terras de África com a degradação física destas cidades, ou se sou eu que encontro em mim algum paralelo com esta realidade...

Numa busca por algo para ler, encontrei um livro... olhei-o, toquei-o, abri-o e acabei por ser absorvido por ele... relata a história de alguém que tendo nascido tão livre quanto todos os outros, acabou por ser educado para ser perfeito, torcido e retorcido, moldado para se tornar numa estátua de mármore que deveria ficar sempre nesse pedestal. Quando pensou ter encontrado a saída, a liberdade e a felicidade, tudo não passava de uma encenação...

Apercebi-me que possivelmente todos acabamos por ser um pouco desse personagem, identifiquei-me e identifiquei-vos nele... no fundo todos temos o nosso mundo, só que uns conseguem saír dele e viver a realidade e os outros acabam prisioneiros no seu interior. Mas valerá a pena saír? Eu acreditava que sim, mas neste momento já não sei... quero que me venhas buscar, se me olhares bem, encontrarás no fundo dos olhos o local onde estou... Entra, percorre esse caminho e passarás a pertencer ao mundo que te rodeia, assim como eu, de mão dada entrarei no teu e tornar-me-ei parte dele... Assim valeria a pena!!!

segunda-feira, setembro 05, 2005

Hoje...



Recentemente recebi um texto que me fez pensar... falava da importância do dia de hoje, porque o amanhã poderá ser tarde para muita coisa...

Quero por isso partilhar convosco aquilo que sinto agora, estou feliz... apesar de todas as contrariedades deste ano de 2005, que parece estar a ser para todos nós um período de aprendizagem, continuo a saber sorrir e a partilhar alegrias e tristezas com pessoas muito especiais... Vejo uns crescerem e os outros amadurecerem e aprendo que mesmo sem sabermos, ajudamos muitas pessoas nos seus caminhos...

Deixo-vos aqui um conselho, não deixem que os medos (que todos temos e são legítimos) vos prendam as mãos e façam com que não alcancem os vossos sonhos... Sonhar é bom mas viver é melhor :-)

Destruição e Renascimento...




Varsóvia e Krakóvia, que destinos tão bem escolhidos...

Entre a alma de quem escreve e a história desses lugares, as semelhanças são imensas... À partida, o cinzento da destruição, a dor da perda e a incompreensão perante as atrocidades da vida e a maldade do Ser Humano, que por vezes parece não o ser...

Felizmente, a força, o poder da vida e do sorriso e os ensinamentos da história criam as condições necessárias ao renascimento, ao restabelecimento do equilíbrio, que permite o regresso da cor e da música ao nosso quotidiano...

É maravilhoso ver que dos escombros causados pela maldade, egoísmo e egocentrismo de certas pessoas podem surgir cidades coloridas e vivas e momentos que jamais se irão esquecer...

terça-feira, julho 26, 2005

Reflexo de Um Sonho

domingo, julho 03, 2005

Nomes, Formas... Névoas do Passado...



Ao passar por esta escultura lembrei-me de tanta coisa e ao mesmo tempo lembrei-me de nada, de todos e de ninguém em especial...

Apercebi-me que, com o passar dessa estranha, fantástica e maravilhosa dimensão, a que chamam tempo, as feridas saram, as cicatrizes apagam-se e a memória das situações perde toda a cor, força e carga emocional do momento...

Na verdade, ao viver com entrega e verdade, agindo com amor e rectidão, o passado permanece com o valor que deve ter... esquece-se, dissipa-se, mistura-se numa amálgama sem formas nem nomes, como aquela escultura, que simboliza tudo e nada... Faz parte do Ser Humano que somos hoje e serve de matéria prima para melhorarmos amanhã...

Aquela podia ser a forma do meu passado: reluzente, macia e pacifica, sem superfícies ásperas nem arestas vivas e perigosas... sem monstros nem fantasmas para me atormentarem... Contudo, como o mundo é muito mais do que o umbigo de cada um, quero aproveitar este "post", para agradecer a todos aqueles que sempre me guiaram pelo caminho mais tranquilo da vida, alertando-me para os perigos de viver demasiado preocupado com o dia de ontem, sem se aperceber que o de hoje estava também a passar...

O Avião...


Sintra 2005 (Museu do Brinquedo)...

Na fachada deste Museu, em plena Vila de Sintra, encontrei este "brinquedo" que poderia simbolizar tanta coisa e sintetizar todo este fim de semana... um avião em forma de peixe, e apetrechado com uns eficientes patins para aterrar e levantar voo com toda a facilidade...

Foram perfeitos os voos que fizemos por entre a densa vegetação e as Quintas e Palácios da Serra de Sintra e a aterragem nas Azenhas do Mar, bem perto do mar... Perfeitos, os voos pela história: nos Palácios, Museus e Ruas da cidade e pela gastronomia do mundo, através dos muitos cheiros e sabores que experimentámos... e o Chá da Lapa para despedida...

... No fim, a Estação de Caminhos de Ferro, o Comboio sempre a forçar a despedida... Viva o avião :-)